domingo, 9 de setembro de 2007

J. Carlos artista do traço


Se há muitos e muitas variedades de profissionais gráficos não há que se esquecer daqueles que introduziram o gênero "fotopanfleto de costumes" nos meios e circuitos culturais no Brasil. Exemplo dessa categoria é J. Carlos. Dele se disse:

“Um dia, decerto, no começo do próximo século, o Rio de Janeiro não possuirá mais a carioca; as raparigas das margens da Guanabara não se distinguirão das raparigas do resto do Planeta: idênticas preocupações, atitude iguais, o mesmo modo de vestir, gravidade, pessimismo... Nesse dia, um curioso de coisas do passado encontrará, nas páginas de uma revista, as figuras de J. Carlos; encontrará a melindrosa, que ele inventou e que constituiu o modelo das nossas lindas contemporâneas.

O Rio de Janeiro de antigamente há de ressuscitar na expressão ingênua e irônica dos olhos que viram os primeiros aeroplanos; nas bocas talhadas à feição de beijos; no ritmo ondulante da carne envolta em sedas leves, luminosas, fugidias. E o curioso sentirá saudades do velho tempo que não conheceu... Velho tempo! Bom tempo! E compreenderá o sentido das praias, povoando-as das imagens guardadas no traço sutil do artista e verá, tal qual não vira antes, a luz das manhãs, a sombra dos crepúsculos, o luar das noites altas. Lenta, a maravilha despercebida se revelará. A cidade romântica, erma das suas transeuntes, voltará à fascinação abandonada... O ente que olhar, daqui a cem anos, as obras-primas de J. Carlos, poderá viver a vida que andamos vivendo...”

Dúvidas? É só ver para crer!

seja o primeiro a comentar!

Postar um comentário

webdesign, marca-logo e manutenção quebra-galho by_Ludeboa
esqueleto do template estilo revista by_UsuárioCompulsivo ^