domingo, 21 de junho de 2009

Tempero de Frase (ou Dieta do Poeta)

Por: JotaPê Mourão
CopyDesk: Taninha


Umedeço sobre a língua
a ponteira das palavras
miro a ponta de caneta e nexo.

Agora misturo porções de ineditismo ou de originalidade;
para engrossar o caldo nada melhor que precisões,
vexames e paixões muito mal resolvidas.

(...)


Nada como a excentricidade de poeta:
Ser sem sentido;
Pessoa por passagem.

Sua lauda é orvalhada de perfumes alheios,
por vez ou outra, uma gota de suores salobras.

O papel daí resultante?
rico e vitamina!

Para quem lê com sede e fome, ó se convém
e quão deliciosa aparenta
cada porção de letras.

(...)

Pois minha filha, outro dia
eu até beijei um daqueles teus bilhetes para comigo escritos;
estava tão baixo atral que ouví até as dicas de saúde e nutrição
da locutora de rádio do quarto!

Passei a comer frutas,
tomar sucos cítricos, veja só,
até evitar a cervejinha e salgados/doces às vezes... esse é o tempero.

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