Na noite tua
Em que corre escondida de mim
Na mesma alameda em que despedaçou
Os traços tântricos do teu coração,
Ninguém te aponta uma direção
Já que tem o teus olhos como bússola.
Em teu trabalho diário de olhar
Sempre encontra os homens do futebol
E são eles penetrantes
E tu te entrega.
A boca tua
Que tu empresta pelos dias
Mesmo em sede de deserto
Não me conheceu
e escrevo poemas franceses.
O nome que escreveu na árvore
Que corri para ler
Era um provérbio maldoso
De que quem vive tem de morrer
E morro.
No lado teu,
Sentados em regalias
E tu os cobre muito bem
Com a tua flácida e pálida mão,
Que cortada pelos ferros
As usa com pelica.
E há tapas que são bem-intencionados
Como beijos.
No fim tu pediu tudo
E te deram quases.
Esquecendo que odeia fases e frases
Para te espantar daqui
E te ver correndo
Na noite tua, nua,
Esse poema é teu.
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