sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estupidificação - sobre recursos naturais e humanos

Estupidificação na mente alheia é júbilo para os

outros

Ao constatarmos que um idiota ou estúpido a mais

produzido pelo sistema ideológico-simbólico vigente

é considerado uma oportunidade aberta para outro

ainda não estúpido vir a ser utilizado como

objeto-meio de produção de bens, serviços e mais

-valia incorporada, logo percebemos quão lógico e

ordenado é o sistema, o quanto suas coordenadas são

cartesianas, o quanto seus imperativos são

kantianamente categóricos.

A lógica básica, - e que me perdoem Durkheim, Weber,

Marx, Engels, Keynes e tantos outros monstros da

Economia pela simplificação exagerada - é:
identificar -> incutir (ou induzir) -> produzir (ou

transformar) -> circular -> explorar -> consumir ->

controlar.

Todavia após o controle e provável esgotamento de

determinada cadeia de produção, circulação e consumo

há que se orientar para uma nova fonte. Eis aí o

mister deste refletir: de que fontes dispomos, como

utilizar e de que modo sustentar o sistema.

Quando em eventos, reuniões e deliberações dos

grandes grupos ou potências globais se falar em

equilíbrio, sustentabilidade, preservação

subentenda-se manutenção, compensação, gestão da

exploração.

Se bem entendido, o termo ecologia tem o duplo

significado de estudo e ciência da nossa casa, ou

seja, a dimensão planetária da Terra (até o presente

momento do sec. XXI, ao menos). Esta dimensão pode

tanto ser objetivamente foco de interesse de quem

quer arcaica e ingenuamente "não influir na natureza

" quanto de quem almeja "minimizar o abuso e

maximizar a durabilidade de fontes".

Ambientalistas e porta-vozes do meio ambiente, sob

este prisma, tem bastante semelhança com os

empresários do setor de recursos naturais

não-renováveis etc. porque para ambos é ruim a

destruição, seja por qual motivo pensar.

Isto se torna importante na medida em que este

pensamento em comum pode surtir efeitos positivos em

negociações de parte a parte, com transigência e

diálogo, sendo o papel diplomático aí de validade

inquestionável.

Mas, são apenas colocações e estamos vivendo

insensivelmente mediados por pessoas que não teem

noção do que estão fazendo com a mente alheia que os

acessa.

(Pausa para pensar...)

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