Estupidificação na mente alheia é júbilo para os 
outros
Ao constatarmos que um idiota ou estúpido a mais 
produzido pelo sistema ideológico-simbólico vigente 
é considerado uma oportunidade aberta para outro 
ainda não estúpido vir a ser utilizado como 
objeto-meio de produção de bens, serviços e mais 
-valia incorporada, logo percebemos quão lógico e 
ordenado é o sistema, o quanto suas coordenadas são 
cartesianas, o quanto seus imperativos são 
kantianamente categóricos.
A lógica básica, - e que me perdoem Durkheim, Weber, 
Marx, Engels, Keynes e tantos outros monstros da 
Economia pela simplificação exagerada - é:
identificar -> incutir (ou induzir) -> produzir (ou 
transformar) -> circular -> explorar -> consumir -> 
controlar.
Todavia após o controle e provável esgotamento de 
determinada cadeia de produção, circulação e consumo 
há que se orientar para uma nova fonte. Eis aí o 
mister deste refletir: de que fontes dispomos, como 
utilizar e de que modo sustentar o sistema.
Quando em eventos, reuniões e deliberações dos 
grandes grupos ou potências globais se falar em 
equilíbrio, sustentabilidade, preservação 
subentenda-se manutenção, compensação, gestão da 
exploração.
Se bem entendido, o termo ecologia tem o duplo 
significado de estudo e ciência da nossa casa, ou 
seja, a dimensão planetária da Terra (até o presente 
momento do sec. XXI, ao menos). Esta dimensão pode 
tanto ser objetivamente foco de interesse de quem 
quer arcaica e ingenuamente "não influir na natureza 
" quanto de quem almeja "minimizar o abuso e 
maximizar a durabilidade de fontes".
Ambientalistas e porta-vozes do meio ambiente, sob 
este prisma, tem bastante semelhança com os 
empresários do setor de recursos naturais 
não-renováveis etc. porque para ambos é ruim a 
destruição, seja por qual motivo pensar.
Isto se torna importante na medida em que este 
pensamento em comum pode surtir efeitos positivos em 
negociações de parte a parte, com transigência e 
diálogo, sendo o papel diplomático aí de validade 
inquestionável.
Mas, são apenas colocações e estamos vivendo 
insensivelmente mediados por pessoas que não teem 
noção do que estão fazendo com a mente alheia que os 
acessa.
(Pausa para pensar...)